MÚSICA #07 – O CÂNTICO DE SIMEÃO

“Cantata Brasiliana” é uma suíte de canções natalinas. Luis Barcelos compôs as melodias e interpretou as músicas. As letras são de Aluizio Elias. Elas se baseiam nos relatos sobre a concepção e o nascimento de Jesus segundo o Evangelho de Lucas. A exceção é “Os Magos”, inspirada na narrativa de Mateus.

A cantata foi integralmente composta e gravada em novembro e dezembro de 2020. Esse ano teve um Natal de apreensão por conta da pandemia da Covid-19. A ideia dos parceiros era fazer uma música para aclimatar o melhor clima naquele contexto. Contudo, motivados e inspirados, compuseram nove, um álbum inteiro.

Em razão do prazo curto e das imposições sanitárias, Barcelos desenvolveu arranjos com poucos elementos em estúdio. Ainda assim, receberam a marca da sofisticação do bandolinista, um dos mais destacados de sua geração. Chamam a atenção nos registros a brasilidade, com o tempero de diversos gêneros populares.

Aliás, essa é outra característica da suíte. Muitas das composições transpõem a rememoração do Natal para a nossa realidade, de dificuldades íntimas e ainda matizada pela pobreza e pela injustiça social. Acima desses desafios, segue imperando a misericórdia do Menino Jesus, que veio habitar conosco.

Um ano após o lançamento de “Cantata Brasiliana”, o Portal SER convidou seus autores para uma live natalina. Todas as canções foram comentadas por eles e reapresentadas com uma roupagem nova. Cada uma ganhou um singelo videoclipe. E esse valioso material audiovisual está disponível na plataforma Espiritismo.TV.

“O Cântico de Simeão” faz parte da Cantata e trata do ancião que reconheceu o Messias no bebê Jesus, quando este foi oferecido ao Senhor no templo.

 

O Cântico de Simeão

 

Na candelária oblação

Pedindo a vênia do Senhor

Um homem velho em oração

É a redenção do pecador.

 

Suplica o homem com o olhar

E o olho fala sem dizer:

Derrama a dor e a dor é mar

E o mar tem sal que a alma vai sorver.

 

Sendo o menino, salvador

O seu silêncio quer sorrir

Ao homem velho diz: “Amor! ”

E o Amor é flor que vai florir.

 

Cerrando, o velho, o seu olhar

E o olho cala após dizer:

“À paz me dou, me entrego ao mar

E, após o mar, eu devo renascer.”

 

“Dispensa, assim, sem hesitar

Oh, meu Senhor, quem pôde ver

No mundo, o Verbo se encarnar

E a Vida, então, resplandecer”

E o Homem novo ser feliz

Que é Simeão além do mar

Em outro chão, nova raiz

E da raiz o Bem que há de brotar

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